quinta-feira, 14 de julho de 2011

Consciência


Consciência não se trata do simples conhecimento adquirido mediante a reflexão, o qual pertence mas ao campo da psicologia, da sociologia, mas do juízo interior sobre determinada ação antes ou depois de realizada . A pessoa percebe, vê e julga sua opção, lhe indica como agir, qual a melhor opção entre as várias possíveis, qual o caminho a seguir. Nos permite ver a realidade, a assunção de critérios que provêm da fé e da razão para o seu discernimento e valorização com sentido crítico. Mas quando se fala da consciência, surge logo o medo de se cair em subjetivismo exagerado, fonte de todos os demais erros e enganos. A palavra syneidesis (consciência) aparece com muita freqüência nas cartas paulinas. Em Rm, 2,15 - “escritos em seus corações, a consciência deles também é testemunha.” Em 3,20 - “pois a função da lei é dar consciência do pecado.” 9,1 - “Me dá testemunho a minha consciência pelo Espírito Santo.” E em 13,5 - “mas também por dever de consciência.” Paulo nos mostra que pela fé e pela razão nos capacitamos a orientar nossa existência. A consciência é suscetível de melhoramento contínuo, pode progredir no conhecimento da verdade também poderão ser mais retos os juízos morais que se faça. Além disso este juízo moral que a razão realiza há de adequar-se a natureza dinâmica da práxis humana, o que faz que a consciência vá se formando nessa mesma forma progressiva.

“Feliz o homem que persevera na sabedoria, que se exercita na prática da justiça, e que, em seu coração, pensa no olhar de Deus que tudo vê; que repassa em seu coração os seus caminhos, que penetra no conhecimento de seus segredos, que caminha atrás dela seguindo-lhes as pegadas e que permanece em suas vias” Eclesiástico 14,22-23