Alguns exegetas sustentam a tese de que o evangelista se
coloca como testemunha ocular de todos os relatos e que ele era o mesmo
discípulo que Jesus amava (Jo 21,20-24). Jesus tinha três amigos mais Íntimos:
Pedro, Tiago e João. Tiago morreu no ano de 44 d.C., decapitado por ordem de
Herodes Antipas (At 12,2), e Pedro aparece sempre em contraste com o discípulo
amado. Logo dos três, sobra o filho de Zebedeu, irmão de Tiago, chamado João.
Esta opinião é bastante polêmica, por que João, irmão de Tiago não poderia ser
o discípulo que Jesus amava, pois o próprio evangelista ressalta que esse
discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote (Jo 18, 16), e, com isso descartam-se
as possibilidades do João Apóstolo ocupar o lugar do discípulo amado. João, o
filho de Zebedeu, jamais poderia ter importância e autoridade de entrar na sala
da inquisição e, ainda mais, fazer Pedro entrar na sala, sem temer ser
identificado como discípulo de Jesus.
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